Introdução

Desde que foi decretada pela OMS em março de 2020, a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 vem se alastrando cada vez mais, e para entender melhor sobre a doença, possíveis tratamentos e suas diversas mutações, cientistas ao redor do mundo se propuseram a estudar sobre. Um dos temas mais discutidos recentemente é a associação do COVID-19 com a microbiota intestinal.

Qual a relação da nossa microbiota intestinal com o nosso sistema imunológico?

A microbiota intestinal está diretamente relacionada ao fortalecimento de nosso sistema imunológico, tendo em vista de que é o sistema imunológico o responsável pela formação de microorganismos presentes em nossa microbiota intestinal. Uma vez que há a queda de nossa imunidade, terá o desequilíbrio da microbiota, conhecido também como disbiose intestinal, nos deixando muito mais suscetíveis a inflamações.

O COVID-19 é uma doença sistêmica, ou seja, capaz de afetar todo o organismo do paciente que obtém o diagnóstico positivo, e justamente por conta desse fator, existem referências que comprovam que o alto nível de citocinas e marcadores inflamatórios é uma das razões pela qual a doença pode se agravar e pela qual a maioria dos pacientes seguem com sequelas mesmo após a cura. 

Um dos sintomas desta doença é a disbiose intestinal em pacientes que testaram positivo devido ao aumento de citocinas circulantes em nosso sistema intestinal, e este sintoma é o responsável por desencadear e, na maioria das vezes, agravar os quadros de inflamação da doença, tendo em vista de que, uma vez inflamado, o nosso organismo ficará mais suscetível aos danos causados por estas inflamações. 

A nutrição pode prevenir o COVID-19?

Não existe nenhum tipo de referência científica que comprove que a nutrição, sozinha, é capaz de prevenir e curar o paciente diagnosticado com COVID-19, entretanto, ao compreender a relação que o nosso sistema imunológico possui diretamente com a microbiota intestinal, é possível pensar em orientações para que o paciente possa seguir:

1- Estimule a prática de atividade física: a prática diária de atividade física potencializa a diversidade de microrganismos presentes na nossa microbiota intestinal, por isso, sendo uma grande aliada da saúde.

2- Oriente o paciente a preferir grãos integrais: os grãos integrais são ricos em nutrientes capazes de estimular o funcionamento intestinal, e consequentemente, agregando na saúde da microbiota.

3- Incentive o consumo de alimentos ricos em propriedades antioxidantes e antiinflamatórias: alimentos como frutas, verduras e legumes são ricos em propriedades antioxidantes e antiinflamatórias, capazes de diminuir e proteger o nosso organismo contra as lesões causadas por inflamações.

Referências

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